| 
View
 

Texto sobre alimentação - parte 3

Page history last edited by Amanda 15 years, 2 months ago

Essa combinação pode variar conforme a região, mas, no todo, é a que prevalece. Em geral, o prato da refeição principal do Brasil constitui-se na mistura feijão, arroz, carne e salada. Mesmo quando o prato é de algum outro tipo, “bastando-se em si mesmo”, o arroz e feijão são, seguidamente, servidos como acompanhamentos, sendo, dessa forma, quase obrigatórios em pelo menos uma das refeições do dia.

O feijão é conhecido em alguns lugares como “carne de pobre”, pelo fato de ser alimento rico em proteínas, carboidratos complexos, vitaminas, minerais e fibras.

Não há consenso sobre a origem dos feijões. Sabe-se que existiam em diversos continentes, principalmente na África. Quando os europeus chegaram ao Brasil, já havia várias espécies conhecidas por indígenas do litoral. Mas, com a chegada dos portugueses e a introdução de novas variedades, os feijões adquiriram importância na alimentação do país.

Já no século XVII, segundo Camara Cascudo (1983, p.497), o binômio feijão/farinha estava presente no cardápio brasileiro. O feijão constituía o alimento da população escravizada em todo o território, juntamente com a farinha de mandioca ou milho, podendo – conforme as condições impostas por seus senhores – ser suplementado com carne seca, toucinho, banana e canjica, ou ainda com laranja e, posteriormente, arroz (Rugendas, Debret, Seidler apud CAMARA CASCUDO, 1983, p. 225, 228).

No século XIX, conforme relato do naturalista europeu Carl Seidler, o feijão estava estabelecido, também nas “mesas distintas”, como alimento básico no país:

O feijão, sobretudo o preto, é o prato nacional e predileto dos brasileiros; figura nas mais distintas mesas, acompanhado de um pedaço de carne de rês seca ao sol e de toucinho à vontade. Não há refeição sem feijão, só o feijão mata a fome. É nutritivo e sadio, mas só depois de longamente acostumado sabe ao paladar europeu, pois o gosto é áspero, desagradável. (Seidler apud CAMARA CASCUDO, 1983, p. 500)

A vinda de novos imigrantes europeus – sobretudo italianos e alemães, a partir do século XIX – e as grandes transformações advindas, no século XX, do processo de urbanização e industrialização não alteraram o lugar do feijão na alimentação básica de brasileiros e brasileiras.

Quanto ao arroz, há registros da existência, no período pré-colonial, de um tipo de arroz selvagem, coletado pelos índios tupis. Mas seria, também nesse caso, com os portugueses que o cultivo do arroz se estabeleceria e se desenvolveria.

Para Roberto da Matta (1986, p. 56; 1987, p. 22), a combinação de feijão com arroz é expressão da sociedade brasileira, combinando o sólido com o líquido, o negro com o branco, resultando em um prato de síntese, representativo de um estilo brasileiro de comer: uma culinária relacional que, por sua vez, evidencia uma sociedade relacional. O mulato, tido como “o brasileiro”, seria a própria mistura: nem o preto do feijão, nem o branco do arroz, um prato miscigenado.

Acompanhando a dupla feijão com arroz, um outro elemento deve, obrigatoriamente, ser citado: a farinha de mandioca. No contexto nacional, é significativa e generalizada sua presença, embora muitas vezes passe despercebida.

Diferentemente do feijão e do arroz, que, considerados “pratos”, são objetos de técnicas que incluem o uso do fogo, de panelas, em suma, são cozidos, a farinha – exceto quando torrada, tornando-se, então, farofa – é crua.

Estima-se que a tenha sido domesticada há cerca de 4 mil ou 5 mil anos, na Amazônia. Dado que a mandioca-brava contém um veneno, que precisa ser extraído, seu preparo para uso alimentar exige uma técnica especial, bastante complexa, criada por indígenas e transmitida aos colonizadores.

A mandioca, como sua farinha, têm várias denominações, conforme a região, podendo apresentar cores, gostos, cheiros e texturas diversas. Adotada pelos portugueses, a farinha de mandiocaera a “farinha de guerra”, que os acompanhou nas expedições que desbravaram o território do que viria a ser o Brasil. A bordo dos navios negreiros, alimentou os africanos escravizados. Mais que qualquer outro alimento, acompanhou a formação do povo brasileiro.

 

 

Nota:

1) Proteína:  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2) carboidratos complexos :  Os carboidratos complexos correspondem àqueles com estrutura química maior, mais complexa, como os polissacarídeos (amido, celulose). Devido ao tamanho de sua molécula, são digeridos e absorvidos lentamente, ocasionando aumento pequeno e gradual da glicemia. Exemplos de alimentos fontes de carboidratos deste grupo: arroz, pão, batata, massa e fibras. Os polissacarídeos possuem muitas unidades de açúcar, chegando a 3.000 unidades ou mais.

 

 

3) indígenas do litoral 

 

 

 

 

 

 

4) cardápio

5)Carne seca

 

  A carne-seca, típica do Nordeste do Brasil, também conhecida como charque ou jabá, é um método de conservar carne, em geral bovina, salgando-a e empilhando-a em lugares secos. As mantas de carne são constantemente mudadas de posição, para facilitar a evaporação. Em seguida elas são estendidas em varais, ao sol, até completar a desidratação.

Segundo Luís da Câmara Cascudo, a carne-seca pela exposição solar é de origem pré-histórica.

 

 

6)Toucinho

 

7)Canjica

A canjica é um doce típico da culináriabrasileira. Embora seja consumida o ano inteiro, o pico de demanda por canjica ocorre no período das festas juninas.

 

 

 

 

 

8) Roberto da Matta:

Considerado um dos grandes nomes das

Ciências Sociais brasileiras,

DaMatta é autor de diversas obras de referência na Antropologia, Sociologia e Ciência Política, como Carnavais, Malandros e Heróis, A casa e a rua ou O que faz o brasil, Brasil?.

 

 

 

 

 

9) O Brasil

                                                                                

 

  

10)mandioca é o nome pelo qual é conhecida espécie comestível e mais largamente difundida do gêneroManihot, composto por diversas variedades de raízes comestíveishttp://www.organicaalimentos.com.br/php/thumb.php?f=verduras_hortalicas_frutas/mandioca.png&w=135&h=135&.png

.

 

11) Pó resultante da moagem de grãos de receais, como trigo, arroz, milho, centeio       
 

compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular elevada (de 5.000 a 1.000.000 ou mais unidades de massa atômica), sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um grande número de moléculas de alfa-aminoácidos, através de ligações denominadas ligações peptídicas. Uma proteína é um conjunto de no minimo 100 aminoácidos, mas sabemos que uma proteína possui muito mais que essa quantidade, sendo os conjuntos menores denominados Polipeptídeos. Em comparação, designa-se Prótido qualquer composto azotado que contém aminoácidos, peptídios e proteínas (pode conter outros componentes). Uma grande parte das proteínas são completamente sintetizadas no citosol das células pela tradução do RNA enquanto as proteínas destinadas à membrana citoplasmática, lisossomas e as proteínas de secreção possuem um sinal que é reconhecido pela membrana do retículo endoplasmático onde terminam sua síntese.As proteínas são os componentes químicos mais importante do ponto de vista estrutural.

 

 

 

 

 

 

                                                                                    --------Amanda Figo Gabriela Eduardo

Comments (4)

Daniela DM said

at 11:32 am on Sep 10, 2009

Tentem utilizar imagens quando estiverem falando sobre comidas! Fica mais fácil!

Amanda said

at 11:45 am on Sep 10, 2009

!!'Essa parte é sobre a história e socielidade que tem relação à alimentação~~~Então não têm muitas imagens interessantes!~~peço desculpa~~

Daniela DM said

at 11:54 am on Sep 10, 2009

não? que tal por fotos de carne seca, toucinho, banana e canjica?

Sonia lishuang said

at 12:00 pm on Nov 14, 2009

não gosto de carne seca,nem tochinho~~não parece delicioso~~

You don't have permission to comment on this page.